quinta-feira, 3 de abril de 2014
Diálogo "Tarantinesco" II
Então... Nem sei como começar esse post, acho que depois da minha ultima postagem nunca mais fui o mesmo.
Eu estava tranqüilo ouvindo a rádio “Kiss FM” (coisa que eu gosto muito), aí rolou o intervalo e eu fui passando de rádio, quando sem mais nem porque, parei na “Nova Brasil FM” e estava tocando Lulu Santos – Assim caminha a humanidade.
Foi então que percebi que essa música é a estória de um casal gay.
Quero deixar claro que não tenho preconceito nenhum, mas era horário nobre.
Ela começa da seguinte forma:
“Ainda vai levar um tempo
Pra fechar o que feriu por dentro
Natural que seja assim
Tanto pra você quanto pra mim”
Nesse momento ele diz o que? Que eles tinham o pênis grande, e agora que acabou ainda ta doendo.
Pois bem, passado isso na próxima parte o negócio piora, porque ai sim ele fala mesmo.
“Ainda leva uma cara
Pra gente poder dar risada
Assim caminha a humanidade
Com passos de formiga e sem vontade”
Com o toba doendo quem vai dar risada? Ninguém.
Como caminha quem tá assado? Com passos de formiga e sem vontade, porém o Lulu é um cara sagaz e ele sabia que essa estória deveria continuar, então:
“Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais”
Quando ele diz, que não vai falar que foi ruim, mas também não foi tão bom, é porque apesar de serem gay e gostarem disso, tava machucando e é até natural que machuque, até porque o reto foi feito para sair e não para entrar.
E fica claro que é um casal gay e que se amam no final da música, quando mostra superioridade humana do gay sobre o heterossexual na seguinte frase:
“Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais”
Quando você vai terminar um namoro ou um relacionamento qualquer e desejar o bem da outra pessoa? Isso é cascata, ninguém é tão bonzinho assim. Você pode até falar isso, mas na verdade você deseja que ela tropece, caia e quebre os dois dentes da frente.
Mas eles apenas: não se desejam mais...
PS: o Lulu Santos era a cara do Túlio Maravilha.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Será?
Eu estava em casa pensando: 'será que vai demorara muito para os Racionais mc's lançarem um novo álbum de inéditas?'
Então eu ouvi algumas musicas do ultimo álbum e as mesmas dizem o seguinte:
'60% dos jovens de periferia sem antecedentes criminais já sofreram violência policial
A cada 4 pessoas mortas pela polícia, 3 são negras
Nas universidades brasileiras apenas 2% dos alunos são negros
A cada 4 horas, um jovem negro morre violentamente em São Paulo
policial'
'a inveja existe e a cada 10, 5 é na maldade'
'ando certo pelo certo como 10 e 10 é 20'
'zona sul é invés, é estresse concentrado, 1 coração ferido por metro quadrado'
Nessas e outras musicas percebemos a representação de estatísticas numéricas precisas relacionados a sociedade brasileira.
Tendo em vista isto percebi que os álbuns dos Racionais mc's demoram a serem lançados, mas não é porque eles fazem 'tipinho', nem porque as musicas são muito grandes e demora 4 anos para os fãs conseguirem ouvir tudo, mas sim porque eles são um grupo de pesquisadores do IBGE e do Datafolha e passam 4 anos fazendo pesquisas sobre a população para depois escreverem seus álbuns com uma incrível precisão numérica!
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Meu diálogo "tarantinesco"
Sabem aquela música do Frejat, Segredos? Da animação, ele, o cachorro, que tem a lua, sabe? Então. Até que a animação é fofa, mas não me engana, a música é bem Pornô. Começa assim:
“Eu procuro um amor que ainda não encontrei Diferente de todos que amei Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver E as feridas dessa vida eu quero esquecer Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema, Numa esquina Ou numa mesa de bar.”
Até aí parece que está tudo bem, mas não está, ele enrola e fala das feridas que ele quer esquecer, por que? vcs vão ver. E onde ele diz que pode encontrar a pessoa “amada”? Esquina ou mesa de bar, certo? Agora observem quando ele enrola e fala das feridas que ele quer esquecer, por que? vcs vão ver.
“Procuro um amor que seja bom pra mim Vou procurar, eu vou até o fim E eu vou tratá-la bem Pra que ela não tenha medo Quando começar a conhecer os meus segredos”
E agora ele entrega o jogo: “E eu vou tratá-la bem Pra que ela não tenha medo. Quando começar a conhecer os meus segredos” Qual é o segredo? O CARA TEM UM PAU ENORME, ele vai tratar ela bem pra coitada não correr na hora do "vamo vê". Lembra da esquina ou mesa de bar? que mulher de família fica em mesa de bar ou esquina? Profissionais do sexo! Mesa de bar até vai, porém esquina... aí não dá hein
E tem mais... quais serão as únicas mulheres que vão agüentar o pau do cara? Putas. E não para por aí quer ver?
“Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar, Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá”
O cara é malandro, ele põe pra fora, a moça se assusta, ele gagueja sem saber o que falar, mas ele disfarça, tipo... tá no escuro ele fala que só parece grande ou que trouxe um KY. Ah... e lembra das feridas do começo da música, que ele quer esquecer? Ele já feriu muitas coitadas com a "pirocona", mas ele quer esquecer, por que? É aí que a música se torna bonita. O cara tem bom coração.
“Eu procuro um amor que ainda não encontrei Diferente de todos que amei Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver E as feridas dessa vida eu quero esquecer Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema, Numa esquina Ou numa mesa de bar.”
Até aí parece que está tudo bem, mas não está, ele enrola e fala das feridas que ele quer esquecer, por que? vcs vão ver. E onde ele diz que pode encontrar a pessoa “amada”? Esquina ou mesa de bar, certo? Agora observem quando ele enrola e fala das feridas que ele quer esquecer, por que? vcs vão ver.
“Procuro um amor que seja bom pra mim Vou procurar, eu vou até o fim E eu vou tratá-la bem Pra que ela não tenha medo Quando começar a conhecer os meus segredos”
E agora ele entrega o jogo: “E eu vou tratá-la bem Pra que ela não tenha medo. Quando começar a conhecer os meus segredos” Qual é o segredo? O CARA TEM UM PAU ENORME, ele vai tratar ela bem pra coitada não correr na hora do "vamo vê". Lembra da esquina ou mesa de bar? que mulher de família fica em mesa de bar ou esquina? Profissionais do sexo! Mesa de bar até vai, porém esquina... aí não dá hein
E tem mais... quais serão as únicas mulheres que vão agüentar o pau do cara? Putas. E não para por aí quer ver?
“Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar, Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá”
O cara é malandro, ele põe pra fora, a moça se assusta, ele gagueja sem saber o que falar, mas ele disfarça, tipo... tá no escuro ele fala que só parece grande ou que trouxe um KY. Ah... e lembra das feridas do começo da música, que ele quer esquecer? Ele já feriu muitas coitadas com a "pirocona", mas ele quer esquecer, por que? É aí que a música se torna bonita. O cara tem bom coração.
Agora essa foto acima do texto faz todo sentido para o clip, se o frejat não tem nariz grande o que ele quis mostrar com essa animação nariguda???
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Tarantino - Top 20 Western
Tarantino soltou um top 20 de seus filmes preferidos de Western Spaghetti.
segue abaixo a lista
1 THE GOOD, THE BAD AND THE UGLY, Sergio Leone (1966)
2 FOR A FEW DOLLARS MORE, Sergio Leone (1965)
3 DJANGO, Sergio Corbucci (1966)
4 THE MERCENARY, Sergio Corbucci (1968)
5 ONCE UPON A TIME IN THE WEST, Sergio Leone (1968)
6 A FISTFUL OF DOLLARS, Sergio Leone (1964)
7 DAY OF ANGER, Tonino Valerii (1967)
8 DEATH RIDES A HORSE, Giulio Petroni (1967)
9 NAVAJO JOE, Sergio Corbucci (1966)
10 THE RETURN OF RINGO, Duccio Tessari (1965)
11 THE BIG GUNDOWN, Sergio Sollima (1966)
12 A PISTOL FOR RINGO, Duccio Tessari (1965)
13 THE DIRTY OUTLAWS, Franco Rossetti (1967)
14 THE GREAT SILENCE, Sergio Corbucci (1968)
15 THE GRAND DUEL, Giancarlo Santi (1972)
16 Shoot the Living, Pray for the Dead
17 Tepepa
18 The Ugly Ones
19 Django, Prepare a Coffin
20 Machine Gun Killers
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Bastardos!
Bastardos DVD
O filme já saiu do cinema e eu nada comentei, mas antes tarde do que nunca.
Filme é sensacional, ele fez uma declaração de amor ao cinema e a trilha sonora é arrasadora, dessa vez ele trouxe: Ennio Morricone, David Bowie, Billy Preston, entre outros. Ficou ao tudo ao melhor estilo Western.
Os diálogos estão mais uma vez arrasadores, ele mostrou que dialogo realmente é o seu grande ponto forte, mas desta vez estão um pouco diferente, mais acido e com muita tortura psicológica.
Segue abaixo um pequeno diálogo que copiei do livro dos bastardos.
Hans Landa (agente da SS)
“(...) Agora, se fosse necessário determinar que atributo o povo alemão tem em comum com um anima, seria o instinto predatório e astucioso de um falcão. Negro – cérebro – lábios – cheiro – força física e tamanho do pênis de um gorila.
Mas se fosse necessário determinar que atributos um judeu tem em comum com algum animal, seria com os do rato.
Agora as propagandas do Führer e de Goebbels disseram quase a mesma coisa.
A diferença entra as nossas conclusões é que não considero a comparação um insulto.
Pense por um momento no mundo em que vive um rato. É um mundo sem dúvida hostil. Se um rato passasse pela sua porta da frente neste minuto, o senhor o receberia com hostilidade?”
Perrier
“Acredito que sim.”
Landa
“Algum Rato já lhe fez algo para criar essa animosidade que o senhor sente em relação a ele? Ratos espalham doenças mordem pessoas.
A menos que algum idiota seja tolo o bastante para tentar e atiçar um deles vivo, ratos não costumam morder seres humanos. Ratos foram a causa da peste bubônica, mas isso foi a algum tempo. Algum rato já lhe fez ficar um dia de cama?Posso garantir ao senhor, qualquer doença que um rato possa espalhar pode ser espalhada por um esquilo do mesmo modo.
Ainda assim, suponho que o senhor não pelos esquilos a mesma animosidade que sente pelo rato.E mesmo assim ambos são roedores não é? E exceto pelo fato de um ter uma cauda peluda e o outro uma repugnante calda de roedor, ele ate se parecem.
(...)
O senhor não gosta deles, o senhor não sabe porquê, mas sabe que os acha repugnante.
Que mundo tremendamente hostil um rato deve enfrentar e mesmo assim ele não só sobrevive como também prolifera. E a razão disso é que o nosso pequeno vilão tem um instinto de sobrevivência e preservação inigualável. E isso monsieur, é o que um judeu tem em comum com um rato.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Capítulo II: Reservoir Dogs
Após conseguir uma grana e conhecer Lawrence Bender (Bender é produtor de todos os filmes de Tarantino) eles começaram a colocar em prática o roteiro de Reservoir dogs (Cães de aluguel), o roteiro foi lido também pelo diretor Monte Hellman que após ler o roteiro percebeu a genialidade de Tarantino. Hellman junto à Live Entertainment colaborou na parte financeira do filme fato que também colocou de vez Tarantino na direção do filme. Harvey Keitel após ouvir falar do roteiro pela própria esposa, que por sua vez era amiga Bender, também se interessou pelo filme e colaborou na parte financeira, produção executiva e assumindo um dos personagens do filme (Mr. White).
Reservoir Dogs conta a história de um grupo de ladrões contratados para assaltar uma joalheria. Os membros deste grupo não se conheciam e era ordem que não passassem nenhuma informação pessoal entre eles, nem mesmo o nome, pois, no caso de algum ser eventualmente descoberto, a polícia não teria como chegar aos outros. Sendo assim cada membro do grupo recebia o nome de uma cor. Porém no dia do assalto algo errado acontece. A polícia invade a joalheria no momento do roubo e todos tem que fugir. Suspeita-se então que entre eles exista um policial infiltrado, mas como ninguém se conhecia, o espião pode ser qualquer um. Mesmo sendo o primeiro filme Tarantino impõe seu estilo violento, engraçado e com diálogos geniais. Neste filme tarantino fala de sua primeira tese, "like a virgin" da Madonna: Ele conta que é a história de uma mulher que já tinha dado muito, até que ela encontra um cara com o pênis enorme que faz ela sentir a pressão de quando era virgem.
Reservoir Dogs conta a história de um grupo de ladrões contratados para assaltar uma joalheria. Os membros deste grupo não se conheciam e era ordem que não passassem nenhuma informação pessoal entre eles, nem mesmo o nome, pois, no caso de algum ser eventualmente descoberto, a polícia não teria como chegar aos outros. Sendo assim cada membro do grupo recebia o nome de uma cor. Porém no dia do assalto algo errado acontece. A polícia invade a joalheria no momento do roubo e todos tem que fugir. Suspeita-se então que entre eles exista um policial infiltrado, mas como ninguém se conhecia, o espião pode ser qualquer um. Mesmo sendo o primeiro filme Tarantino impõe seu estilo violento, engraçado e com diálogos geniais. Neste filme tarantino fala de sua primeira tese, "like a virgin" da Madonna: Ele conta que é a história de uma mulher que já tinha dado muito, até que ela encontra um cara com o pênis enorme que faz ela sentir a pressão de quando era virgem.
Assistam, o filme é perfeito!!!
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Inspirações para "Inglourious Basterds"
Tarantino citou uma lista com 5 filmes sobre a 2ª Guerra Mundial que ele assistiu antes de dirigir o seu próprio, segue abaixo a lista e os comentários de Tarantino:
'Fugindo do inferno' (1963)
Tem uma história de Segunda Guerra mais bacana do que a desse épico de John Sturges? O filme mostra uma fuga em massa de um campo de concentração nazista e traz um elenco com Steve McQueen, James Garner, Richard Attenborough, James Coburn, Charles Bronson e Donald Pleasence.
"É provavelmente meu favorito entre os filmes de guerra", diz Tarantino. "É um dos longas-metragens mais divertidos de todos os tempos e para mim foi uma espécie de referência ao fazer 'Bastardos inglórios', de alguma forma. Queria fazer um filme sobre a Segunda Guerra assim, divertido, gostoso de assistir."
'Os doze condenados' (1967)
A saga de Robert Aldrich é o maior exemplo do subgênero de guerra "um homem, uma missão", que inspirou Tarantino em "Bastardos inglórios". Lee Marvin, Ernest Borgnine, Charles Bronson, Jim Brown, John Cassevetes, Donald Sutherland e Telly Savalas atuam na história de um grupo de perdedores condenados que ganham uma segunda chance ao participar de um esquadrão em missão suicida contra os nazistas.
Tarantino diz que esse filme merece um lugar em sua lista dos "elencos mais icônicos da história". Ele afirma: "Eu nunca a cartilha normal do gênero ou dos subgêneros com que lido. Geralmente é uma situação em que eu sento e penso: vou fazer o meu 'Os doze condenados'. É difícil, mas sei que se tudo der certo, eu vou conseguir propiciar o prazer que eu encontrei nesses gêneros, mas entregando algo bem diferente. Acaba virando uma outra coisa. Eu gosto de transformar a história em algo maior e mais amplo do que um determinado subgênero."
'Cinco covas no Egito' (1943)
Dez anos antes de "Inferno nº17", Billy Wilder dirigiu essa trama de 1943, que gira em torno de um oficial britânico disfarçado (Franchot Tone) e uma mulher (anne Baxter) que ajuda a administrar um hotel no meio do deserto onde fica o quartel- general alemão.
"É um dos meus filmes favoritos, com certeza", diz Tarantino. "Billy Wilder e o co-roteirista Charles Brackett escreveram algo original, já que não segue a história clássica. Eles criaram de um modo próprio. Não é muito verossímil, mas é fantástico."
'Tonight we raid Calais' (1943)
Essa aventura de John Brahms traz no elenco John Sutton como um agente de inteligência britânico que trama destruir uma fábrica de munições nazista na França. Ele consegue abrigo com a família de um fazendeiro (Lee J. Cobb), cuja filha culpa os ingleses pela derrota da França. O roteiro é de Waldo Salt, que depois ganhou o Oscar por "Perdidos na noite" e "Amargo regresso".
"É um dos filmes que descobri quando fazia uma pesquisa para 'Bastardos inglórios'. É um filme fantástico pelo qual me apaixonei", diz Tarantino. "Tem algumas sequências que realmente parecem narrativa moderna. Não têm um clima de narrativa clássica. Waldo Salt é considerado o pai da narrativa moderna, e nós podemos ver isso bem nesse filme. Parece que foi escrito hoje."
'Action in Arabia' (1944)
O diretor russo Leonide Moguy fez alguns filmes em Hollywood durante a Segunda Guerra, incluindo esse suspense estrelado por George Sanders. Ele interpreta um repórter no Oriente Médio que é pego no meio da disputa entre nazistas e aliados pelo mundo árabe.
"Esse é outro filme que eu descobri e me apaixonei", diz Tarantino. "Eu realmente amo esse filme, mas, como dá para perceber, o que me chama a atenção nesses filmes não é a coleção de tanques nem as grandes batalhas. Embora eu goste desse tipo de coisa, sou mais ligado nas versões da guerra centradas na história."
Tem uma história de Segunda Guerra mais bacana do que a desse épico de John Sturges? O filme mostra uma fuga em massa de um campo de concentração nazista e traz um elenco com Steve McQueen, James Garner, Richard Attenborough, James Coburn, Charles Bronson e Donald Pleasence.
"É provavelmente meu favorito entre os filmes de guerra", diz Tarantino. "É um dos longas-metragens mais divertidos de todos os tempos e para mim foi uma espécie de referência ao fazer 'Bastardos inglórios', de alguma forma. Queria fazer um filme sobre a Segunda Guerra assim, divertido, gostoso de assistir."
'Os doze condenados' (1967)
A saga de Robert Aldrich é o maior exemplo do subgênero de guerra "um homem, uma missão", que inspirou Tarantino em "Bastardos inglórios". Lee Marvin, Ernest Borgnine, Charles Bronson, Jim Brown, John Cassevetes, Donald Sutherland e Telly Savalas atuam na história de um grupo de perdedores condenados que ganham uma segunda chance ao participar de um esquadrão em missão suicida contra os nazistas.
Tarantino diz que esse filme merece um lugar em sua lista dos "elencos mais icônicos da história". Ele afirma: "Eu nunca a cartilha normal do gênero ou dos subgêneros com que lido. Geralmente é uma situação em que eu sento e penso: vou fazer o meu 'Os doze condenados'. É difícil, mas sei que se tudo der certo, eu vou conseguir propiciar o prazer que eu encontrei nesses gêneros, mas entregando algo bem diferente. Acaba virando uma outra coisa. Eu gosto de transformar a história em algo maior e mais amplo do que um determinado subgênero."
'Cinco covas no Egito' (1943)
Dez anos antes de "Inferno nº17", Billy Wilder dirigiu essa trama de 1943, que gira em torno de um oficial britânico disfarçado (Franchot Tone) e uma mulher (anne Baxter) que ajuda a administrar um hotel no meio do deserto onde fica o quartel- general alemão.
"É um dos meus filmes favoritos, com certeza", diz Tarantino. "Billy Wilder e o co-roteirista Charles Brackett escreveram algo original, já que não segue a história clássica. Eles criaram de um modo próprio. Não é muito verossímil, mas é fantástico."
'Tonight we raid Calais' (1943)
Essa aventura de John Brahms traz no elenco John Sutton como um agente de inteligência britânico que trama destruir uma fábrica de munições nazista na França. Ele consegue abrigo com a família de um fazendeiro (Lee J. Cobb), cuja filha culpa os ingleses pela derrota da França. O roteiro é de Waldo Salt, que depois ganhou o Oscar por "Perdidos na noite" e "Amargo regresso".
"É um dos filmes que descobri quando fazia uma pesquisa para 'Bastardos inglórios'. É um filme fantástico pelo qual me apaixonei", diz Tarantino. "Tem algumas sequências que realmente parecem narrativa moderna. Não têm um clima de narrativa clássica. Waldo Salt é considerado o pai da narrativa moderna, e nós podemos ver isso bem nesse filme. Parece que foi escrito hoje."
'Action in Arabia' (1944)
O diretor russo Leonide Moguy fez alguns filmes em Hollywood durante a Segunda Guerra, incluindo esse suspense estrelado por George Sanders. Ele interpreta um repórter no Oriente Médio que é pego no meio da disputa entre nazistas e aliados pelo mundo árabe.
"Esse é outro filme que eu descobri e me apaixonei", diz Tarantino. "Eu realmente amo esse filme, mas, como dá para perceber, o que me chama a atenção nesses filmes não é a coleção de tanques nem as grandes batalhas. Embora eu goste desse tipo de coisa, sou mais ligado nas versões da guerra centradas na história."
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